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EVASÃO DE POLICIAIS CIVIS CONCURSADOS E “OS IDIOTAS DA OBJETIVIDADE”

evasao“Cláudia Feliz

 

Evasão de policiais civis concursados 

Muitos porque foram aprovados em outros concursos públicos – objeto de desejo de uma gama enorme de jovens neste país, todos em busca de melhores salários e estabilidade.

De 379 policiais concursados nomeados pelo governo do Estado, entre delegados escrivães, médicos e peritos, 107 já não fazem mais parte dos quadros da Polícia Civil. Muitos porque foram aprovados em outros concursos públicos – objeto de desejo de uma gama enorme de jovens neste país, todos em busca de melhores salários e estabilidade.

 Liminar

 E por falar em concurso, o governo continua impedido de realizar o processo para o ingresso de 250 agentes de polícia, por força de liminar judicial obtida pela associação da categoria que exige curso superior para os candidatos. Há no governo quem defenda exigência de nível médio, por entender que, assim, se evitariam futuras evasões, a exemplo do que já aconteceu com as demais categorias.”

Nessa matéria publicada no “gazeta on line”, tratando da evasão de policiais civis concursados, observa-se que tipo de gente está “comandando” a segurança pública.

Fica muito claro que a criminalidade jamais vai ser controlada e que a tendência é aumentar, até todos os cidadãos cumpridores de suas obrigações ficarem trancafiados de uma vez por todas em suas residências, enquanto os criminosos tomam conta do pedaço.

No caso específico dos peritos papiloscópicos, dos 93 (noventa e três) aprovados e nomeados para as 70 (setenta) vagas existentes, apenas 51 (cinquenta e um) permanecem, havendo uma debandada de 46%. Isso, depois de vinte anos sem que o Estado incompetente realizasse qualquer concurso para preenchimento de vagas. E estão para anunciar mais um concurso sem a inclusão do cargo.

Dentre os incluídos nos 51%, vários já afirmaram que vão buscar novos rumos. E os motivos são muito cristalinos:

  1. Salários baixíssimos, já se encontrando o ES como um dos piores do País;
  2. Total falta de estrutura;
  3. Total falta de investimento;
  4. Falta de valorização e crescimento paulatino na carreira;
  5. Falta de autonomia para gerir o Departamento, que não consegue comprar nem uma agulha sem ter que passar por uma burocracia inexplicável.

Aí vêm os prepostos do governo – esses que estão falando um monte de asneiras na entrevista – e anunciam um novo concurso para a PC, sem nem sequer ouvirem as Entidades representativas dos cargos. Da mesma forma condenada. Está evidente que tudo vai continuar igual, sem perspectivas de melhoras.

Em países um pouco mais sérios, esses dirigentes seriam forçados a responder perante o poder público, sem sombra de dúvidas. Eles não têm noção alguma nem por que estão realizando concurso e por que tal cargo precisa de tantas vagas. Tudo se assemelha a uma brincadeira sem qualquer sentido lógico.

Secretaria jurássica

Para completar o circo dos horrores da violência galopante, lê-se uma pérola da idiotice como essa: “Há no governo quem defenda exigência de nível médio, por entender que, assim, se evitariam futuras evasões, a exemplo do que já aconteceu com as demais categorias.”

Isso é sério? Isso é caso de punição exemplar para aplacar essa ira sem sentido contra a população.

Sinceramente falando, ter que responder a pensamentos cavalares desses em pleno ano de 2013 parece coisa de filme de terror tupiniquim. Nem a “inteligência” do lugar mais pobre do mundo seria capaz de propor uma sandice como essa.

Em primeiro lugar, os concursos em que se exige segundo grau na PC são preenchidos em sua quase totalidade por pessoas com nível universitário. Portanto, só falam besteiras. Em segundo lugar, a evasão tem-se dado com a mesma intensidade nos cargos em que se exige nível superior para ingresso, inclusive o de delegado. Ou seja, o que pesa não é a escolaridade, e sim a valorização do cargo.

Comumente, lemos textos de representantes do Judiciário questionando os baixos vencimentos de juízes e que grande parte dos integrantes da magistratura prefere seguir outros rumos. Seria o caso de reduzir a escolaridade dos juízes para segundo grau para ver se eles ficam nos cargos?

Na verdade, o sonho desse pessoal é voltar à idade da polícia do “pau de arara”, da polícia despreparada intelectualmente. E não venham com a conversa fiada de que basta “preparar” quem possui segundo grau e fica tudo bem. Vão preparar quem tem nível superior e deixem de enganar a sociedade.

Se o Estado quer segurar os melhores nos cargos, principalmente nos cargos policiais, deve: pagar bem, investir em estrutura de trabalho e adotar uma política de valorização constante das carreiras.

Os “subversivos de sempre”

Naturalmente, ao lerem o texto acima os baluartes das políticas de segurança pública tupiniquim vão afirmar: “esses caras são uns subversivos e indisciplinados”. O lero-lero ignóbil que vociferam diariamente.

Prestem atenção: vocês são subversivos! Vocês trabalham contra a sociedade! Vocês enclausuram a população aterrorizada com os criminosos! Vocês estão ultrapassados ou defendem outros interesses que não os da sociedade! Vocês têm que pedir para sair porque não sabem nem o que se passa nas ruas!

E ainda querem dirigir a segurança de toda uma sociedade?!

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