No fundo do poço…
Algo inusitado nunca visto antes na história do movimento sindical na Polícia Civil: a atual diretoria comandada por Willians Bigu não está conseguindo nem sequer realizar a Assembleia Geral Eleitoral.
Willians Bigu e seus diretores já convocaram duas Assembleias Gerais para que os policiais elejam a Comissão Eleitoral que coordenará o processo eleitoral do Sindicato, mas nenhuma delas foi realizada por falta total de quórum.
Na primeira convocação e Assembleia, cerca de vinte policiais compareceram; e na segunda (29/05), apenas onze policiais assinaram a lista de presenças. Uma situação caótica que compromete as lutas e os direitos dos policiais de forma irremediável, fazendo com que os policiais civis percam toda a representação que construíram ao longo dos anos.
A diretoria do Sindipol tem colocado notas no site da Entidade lançando a culpa nos policiais civis (leia aqui). Mas, o que se observa é a total insatisfação da categoria com a falta de rumos que tomou conta de suas lutas. Na verdade, a total ausência de policiais nas convocações mais se assemelha a um protesto da categoria contra o descaso com seus direitos.
Não é a toa que os colegas policiais militares tem avançado em suas negociações e os policiais civis estão ficando a cada dia que passa mais e mais para trás. Até o plano de saúde dos policiais civis, mantido a duras penas durante quase duas décadas, encontra-se sob pesado fogo cruzado, podendo até ser perdido a qualquer momento. Tudo por absoluta falta de ação para defender os direitos da categoria. Uma omissão sem precedentes!
As perdas se avizinham contundentes para os policiais, e a situação não pode perdurar indefinidamente da forma absurda em que se encontra!
Segundo se lê no site do Sindipol: “A Assembléia que foi remarcada para a tarde desta terça-feira (29) precisou, mais uma vez, ser adiada. O motivo foi, novamente, a falta de quórum para deliberação dos assuntos a serem tratados. De acordo com o secretário geral do Sindipol, Willians Bermudes, agora quem tomará providências será o setor jurídico do Sindipol-ES afim (sic) de averiguar, de acordo com o Estatuto que rege a entidade, qual medida será tomada”.
Entretanto, esse é um assunto para ser deliberado pela categoria, soberanamente. Só faltava essa agora: o setor jurídico do Sindicato decidir os rumos eleitorais dos policiais civis. Setor jurídico que há pouco tempo entrou com uma ação na Justiça do Trabalho para tentar adiar as eleições do Sindipol, numa Assembleia Geral marota que seria realizada na Assembleia Legislativa, mas que foi impedida pela própria Justiça do Trabalho por ser ilegal e contrária ao Estatuto do Sindicato.
A Associação dos Peritos Papiloscópicos – APPES, que sempre participou ativamente de todas as lutas dos policiais civis, CONCLAMA PUBLICAMENTE todas as demais Entidades de Classe da categoria para que se unam imediatamente, objetivando encontrar uma saída honrosa para os policiais, diante dos graves prejuízos que podem advir para todos.
Paralelamente, não sendo o setor jurídico do Sindicato legitimado para definir esta questão soberana dos policiais civis, não se chegando a um acordo, as medidas cabíveis nos canais competentes serão adotadas.
Lastimável e nunca antes vista no movimento sindical tamanha perda da base!