Assim como as orelhas não evoluíram para segurar os óculos, as impressões digitais não foram selecionadas por que ajudam a pegar bandidos em seriados de TV (e, eventualmente, na vida real).
Uma das funções conhecidas das impressões digitais é o aumento da fricção ao segurar objetos. Se a pele que fica na ponta dos dedos fosse lisa, como nas bundas de bebês, objetos poderiam deslizar mais facilmente de nossas mãos – um perigo quando se você é um primata ancestral que precisa pular de galho em galho (será que algum antepassado nosso pulava de galho em galho?).
Um estudo que saiu do forno na Science sugere mais uma função para as impressões digitais: aumentar nossa percepção de texturas. Para testar esta hipótese, os cientistas envolvidos no projeto criaram um sensor de texturas e o cobriram com uma capa lisa ou com uma capa que simulava impressões digitais. Eles descobriram que as impressões digitais artificiais amplificavam em até 100 vezes certos tipos de vibrações provocadas pela superfície testada. Curiosamente, as vibrações amplificadas eram justamente as que ocorriam na frequência que nossos sensores tácteis funcionam (200-300 Hz). Isso sugere que a distância entre os riscos das impressões digitais e nossos sensores estão funcionalmente relacionados.
Além disso, é possível que as curvas presentes nas impressões digitais também ajudem otimizar sensações de textura, uma vez que elas permitiriam a amplificação de vibrações originadas em diferentes direções.
fonte: papiloscopistas.org
postada por: ATNP
Notícia adicionada em: 2/11/2009 8:10:31 PM