Equipamento auxilia na identificação de recém-nascidos em Pernambuco
Katherine CoutinhoDo G1 PE (Fonte: G1 – globo.com)
Não foi permitido fazer imagens do equipamento.
(Foto: Katherine Coutinho / G1)
Um equipamento, ainda em fase de testes, pretende facilitar a identificação de bebês recém-nascidos. O Instituto de Identificação Tavares Buril (ITB), junto com a Secretária de Defesa Social (SDS) de Pernambuco, assinou o convênio com um grupo de pesquisas da Universidade Federal do Paraná, desenvolvedor da tecnologia, para fazer parte do projeto piloto e poder testar os protótipos em maternidades de Pernambuco.
A máquina deve custar de 100 a 200 dólares, de acordo com os criadores, e funciona como um scanner de digital. É um equipamento pequeno, pois precisa ser possível colocá-lo em uma incubadora, por exemplo. Assim, os dados biométricos do bebê e da mãe ficam associados, evitando casos de troca de recém-nascidos. “Quase 30% das mães têm como maior preocupação na hora do parto a possibilidade de seu filho ser trocado”, conta Olga Bellon, professora da UFPR e coordenadora do projeto.
A certidão de nascimento também seria beneficiada, de acordo com Jandir Carneiro Leão, diretor do ITB, uma vez que passaria a contar com mais um dado para a confirmação da identidade do bebê, evitando assim fraudes.
A identificação de bebês recém-nascidos é uma das maiores dificuldades encontradas pela biometria, uma vez que o atual método possui muitas possibilidades de falha, de acordo o ITB. “Ele é feito com tinta e papel. Se não houver um cuidado muito grande, a impressão fica borrada e é quase impossível identificar algo a partir dali”, explica Leão.
O objetivo do projeto é auxiliar não só na diminuição de casos de troca de crianças, como também, futuramente, ser utilizado em aeroportos para coibir o contrabando de menores. “Com essa invenção, é possível ter um banco de dados com as impressões de bebês todas digitalizadas, o que permite uma busca mais rápida e eficaz entre milhões de crianças”, afirma o diretor do IITB.
O equipamento ainda está em processo de obtenção de licença e patente. “Assim que for patenteado, devemos construir mais alguns protótipos que poder entregar para testes em maternidades de Pernambuco”, conta o inventor da tecnologia, Luciano Silva, que ressalta ainda não ter previsão para o começo desses testes.