Seguindo a linha dos “peritos criminais” que querem usurpar as pericias papiloscópicas para si, os peritos em Papiloscopia vão pleitear que os exames e laudos grafotécnicos passem a ser atribuição do nosso cargo.
Os “peritos criminais” não têm condições técnicas específicas e muito menos condições materiais (bancos de dados) para estarem querendo usurpar as periciais papiloscópicas. Mas, os peritos papiloscópicos possuem motivos técnicos de sobra para assumirem os exames grafotécnicos porque a Constituição afirma que ninguém será obrigado a produzir prova contra si mesmo.
Para que seja expedido um laudo grafotécnico, é vital que exista um banco de dados padrão, onde serão buscados escritos para a comparação. E os “peritos criminais” possuem algum banco de dados contendo escritos da população? Não, eles não possuem!
Ou eles trabalham com pelo menos dois escritos produzidos pelo criminoso ou costuma-se obrigar um incauto qualquer a produzir prova contra si mesmo, fazendo-o escrever vários escritos para comparação. Costuma-se também “capturar” algum documento contendo escritos do cidadão objetivando incriminá-lo.
Entretanto, se o criminoso entender um pouco de Direito pode se negar a produzir essa prova contra si, surgindo dificuldade na solução dos crimes por meio do exame grafotécnico.
Mas, onde se localizam escritos de quase toda a população brasileira? Exatamente nos Institutos de Identificação. Nós já possuímos um banco de dados com escritos consideráveis dos cidadãos, não precisando obrigar ninguém a produzir prova contra si mesmo.
Assim sendo, a sociedade merece que o exame grafotécnico seja feito por peritos em melhores condições de solucionar crimes dessa natureza.
Além disso, qualquer computador com um programa de segunda linha pode afirmar se um escrito corresponde a outro. Esses programas são encontrados até na Internet.
Notícia adicionada em: 10/10/2009 8:19:09 PM