Até agora, a biometria era o máximo da tecnologia envolvendo impressões digitais. Esse cenário mudará, no entanto, se depender de pesquisadores britânicos, que querem utilizar essa marca pessoal para identificar doenças, uso de drogas e também casos de doping (uso de substâncias químicas entre atletas).
David A. Russell, pesquisador da Universidade East Anglia e líder do projeto, espera que em breve seja possível obter informações sobre o estilo de vida de uma pessoa, com base em suas impressões digitais. “Dessa forma, seria possível usar essa técnica para detectar o uso de drogas, remédios e comida ingerida, além de diagnosticar algumas doenças”, afirmou o pesquisador.
Os cientistas querem coletar essas informações a partir de pequenos resquícios de suor deixados nas superfícies pelas impressões digitais. Os pesquisadores mostraram como isso seria possível diferenciando a impressão digital dos fumantes e dos não-fumantes. Para evitar falsos resultados gerados pelo contato com tabaco, eles fizeram com que seu sistema detectasse cotinina, uma substância produzida no corpo depois do consumo de nicotina.
Os voluntários então molharam seus dedos em uma solução contendo nanopartículas de ouro unidas a anticorpos específicos para a cotinina (essa solução se liga à cotinina). Na seqüência, um segundo anticorpo, identificado por uma tinta fluorescente e que também se liga aos anticorpos da cotinina, é aplicado à impressão digital. “Como conseqüência, os sulcos da impressão digital dos fumantes ficam fluorescentes, o que não acontece entre os não-fumantes”, diz o estudo.
Fonte: gazetaonline
Notícia adicionada em: 5/17/2007 11:03:09 PM