Veja matéria do site do Sindipol:
"Nós não vamos responder sob pressão (clique aqui)"
O Sindipol e as Associações dos Peritos Papiloscópicos, dos Agentes de Polícia, dos Fotógrafos Criminais, dos Escrivães, dos Peritos Criminais, e um representante da Chefia de Polícia, participaram de uma reunião (15/04) na Secretaria de Gestão, em que o Governo apresentaria a resposta sobre a Pauta de Negociações da categoria policial.
Dos pontos apresentados na Pauta, o Governo sinalizou que pode atender apenas o relativo à promoção dos policiais e o do retorno da gratificação pelo exercício da função de chefia. Os demais pontos, como a anexação da escala especial, a volta do vale alimentação para quem recebe por subsídio, a encampação do plano de saúde dos policiais pelo governo, recomposição salarial de acordo com as reais perdas inflacionárias, etc, o governo tergiversou e voltou a empurrar pra frente a discussão.
Limitou-se a fazer discursos surrados que, entra ano sai ano, vão fazendo a categoria policial ir perdendo direitos e vantagens.
Em relação à promoção, o governo informou que está colocando pessoas na Comissão de Promoção para fazer um levantamento completo da situação, objetivando tornar claro todo o processo de promoção dos policiais. Mas, não deu resposta clara sobre o pedido de modificação do critério de promoção, estabelecendo um tempo máximo de permanência dos policiais numa determinada categoria, transpondo-os automaticamente para a categoria seguinte depois de cumprido esse tempo.
Quanto ao retorno da gratificação pelo exercício da função de chefia, o governo acenou com a possibilidade de retorno, mas adiantou que os critérios estão sendo estudados, objetivando encontrar um critério por ele chamado de “estabelecer novo grau de responsabilidade” para que o policial faça jus à gratificação.
Na fala da APPES, reiteramos o pedido de anexação definitiva da exploratória “escala especial”, propondo sua extinção definitiva. Batemos mais uma vez nessa música de uma nota só, mostrando ao governo que os policiais estão sendo explorados, estão adoentados, não têm descanso e nem lazer com suas famílias, perdem a “escala” nos momentos em que mais precisam, etc.
Com o surrado discurso da falta de policiais, o governo alegou que tem que fazer uma avaliação profunda nessa questão. Sugerimos que a “escala” seja anexada e que se aplique aos policiais as mesmas regras de hora extra dos demais servidores, conforme mandam as leis.
Batemos também na questão do plano da saúde e da volta do vale alimentação.
Como resposta do governo, sempre a mesma ladainha e o mesmo discurso que só dá importância aos policiais e à segurança pública nas épocas das eleições. Os governos preferem continuar nas ilegalidades e inconstitucionalidades porque esse negócio de cumprir leis é coisa pra “peão”!
O secretário de gestão pediu compreensão, alegando que o governo só tem quatro meses de administração e que está tomando ciência das situações. Falou que o governo não pretende resolver neste primeiro ano qualquer situação que onere os cofres públicos. Isso não impediria, entretanto, que o governo encarasse algumas coisas com a seriedade necessária e estipulasse prazos certos para resolvê-las.
Como os antecessores, nada parece demover este governo da sua condição de senhor de engenho. A diferença é que os senhores de engenho de antigamente eram rápidos no gatilho e igualmente malvados, mas menos sarcásticos!
Os policiais definitivamente não fazem parte dos discursos governamentais que apregoam a volta da atenção para o social.