06/05/2011 – 17h27 – Atualizado em 06/05/2011 – 17h27
Espírito Santo: primeiro em assassinatos de mulheres e segundo no total de homicídios
Dados constam do Mapa da Violência. Número de Homicídios na População Total no Estado saltou em uma década de 1.692 para 1.948
WAGNER BARBOSA – GAZETA ONLINE
Há dez anos o Espírito Santo ocupa a primeira posição no número de assassinatos contra mulheres e o segundo no número total de homicídios. Os dados constam do Mapa da Violência divulgado nesta sexta-feira (06) pelo Ministério da Justiça.
Segundo o estudo do Ministério da Justiça, o número de Homicídios na População Total no Espírito Santo saltou em uma década de 1.692 para 1.948. No Espírito Santo, em 1998 foram assassinadas 165 mulheres, o equivalente a 11,3% por grupo de 100 mil mulheres. Em 2008 foram 191 execuções: 10,9% assassinatos por cada grupo de 100 mil.
Na lista dos 90 municípios brasileiros com taxas acima de 8 homicídios em 100 mil mulheres, o que representa praticamente o dobro da média nacional, oito são capixabas.
De acordo com o Estudo, Linhares com uma população feminina de 65.775, ocupa a quarta posição nacional com 13 assassinatos em 2008. O índice corresponde a 19,8%¨por grupo de 100 mil mulheres.
Serra aparece na sétima posição com 35 assassinatos contra mulheres, o que corresponde a 17,3%. Na sequência aparecem Cariacica, 11ª posição; Aracruz, na 18ª e Vitória na 20ª.
Ainda aparecem na lista dos municípios mais violentos contra mulheres, os municípios capixabas de São Mateus: 28ª posição; Guarapari na 31ª posição e Vila Velha na 53ª posição.
Assassinato de mulheres no Brasil
Entre 1998 e 2008, foram assassinadas no país 42 mil mulheres em um ritmo que acompanhou quase estritamente o crescimento da população feminina. As taxas anuais do período rondaram sempre os 4,25 homicídios para cada 100 mil mulheres.
As armas de fogo continuam sendo a principal causa dos homicídios, tanto femininos quanto masculinos, só que em proporção diversa. Nos masculinos, representam quase ¾ dos incidentes, enquanto nos femininos, pouco mais da metade.
Já outros meios, além das armas, os quais exigem contato direto, como objetos cortantes, penetrantes, contundentes, sufocação etc., são mais comuns quando se trata de violência contra a mulher, aponta o estudo.
Outra informação registrada na Declaração de Óbito é o local do incidente que originou as lesões causadoras da morte da vítima. Entre os homens, só 17% dos incidentes aconteceram na residência ou habitação. Já entre as mulheres, essa proporção se eleva para perto de 40%