O Movimento CUMPRA-SE A LEI, organizado pelas Entidades Unidas das Categorias Policiais Civis e deliberado por mais de 800(oitocentos) policiais civis em Assembléia Geral Unificada, repudia ataques que partem de onde menos se esperaria.
Por ocuparem momentaneamente os cargos que ocupam, deveriam ser os primeiros a defender a lei e seu fiel cumprimento, evitando implantar discórdias inverídicas. Portanto, espanta a todos os policiais e a sociedade notas como as do comandante geral da Polícia Militar e da chefe da Polícia Civil pretendendo inutilmente admoestar aqueles que se indignam contra a total desvalorização dos policiais, a falta de respeito por seus direitos e os péssimos serviços que são prestados à população, originários das ilegalidades e das horríveis condições de trabalho que vigem na segurança pública capixaba.
Ficou notadamente patética a utilização como “veículo oficial” de um blog absolutamente desacreditado pelos policiais civis, em face do completo distanciamento de um jornalismo imparcial e verídico que apresenta, uma vã tentativa para admoestar publicamente o Movimento CUMPRA-SE A LEI e a Cartilha do PACTO PELA LEGALIDADE por meio de ameaças veladas e exposto antagonismo ao cumprimento da lei.
Se faltava alguma coisa negativa na segurança pública capixaba não falta mais, pois ameaçar os que querem cumprir a lei é o cúmulo do estado de exceção e da ausência de respeito pelas regras legais.
Exatamente contra esse tipo de arbítrio travestido num palavreado adocicado, o famoso “bate e assopra”, é que transbordou o limite de qualquer ponderação minimamente aceitável, transparecendo risível a tentativa de dividir um Movimento cada vez mais forte e coeso, que cresce gradativamente com esse tipo de postura.
Insurgindo-se contra esses atos que fomentam a interdição de locais condenados e sem condições para funcionarem como repartições públicas policiais, nos quais a prática de usurpação de funções públicas e as ilegalidades são a regra, além de amedrontarem a população por não apresentarem mínima estrutura para prestarem os serviços a que se destinam, a luta continua sem data para acabar.
Igualmente, causou indignação aos policiais civis a nota do deputado Euclério Sampaio no mesmo “veículo oficial”, alterada depois da publicação por uma emenda que saiu pior do que o soneto, repudiando um Movimento legítimo deliberado por todos os policiais e suas representações de classe, unidos num momento histórico desconsiderado pelo deputado, tentando individualizar atuações que são coletivas e creditá-las a desafetos, atacando sem qualquer razão aqueles que deveria defender, já que também é policial civil aposentado. Ainda, ao que parece, sem nem sequer ter lido a Cartilha do PACTO PELA LEGALIDADE em sua versão final ou dando a ela interpretação deturpada.
Lamentável e inaceitável os ataques que vem direcionando aos policiais civis no mesmo blog “oficial”, pois se tivesse comparecido à Assembléia Geral talvez não execrasse a luta de seus pares policiais, ao constatar que sua opinião não se coaduna com as deliberações que foram democraticamente debatidas e decididas por todos os presentes.
As Entidades Unidas dos policiais civis deixam publicamente claro que os policiais militares, vítimas de regulamentos tão arcaicos quanto os dos policiais civis, antidemocráticos e opressores, são parceiros nas lutas por dias melhores, não sendo prepostos de gabinetes e intenções impublicáveis postadas em blogs desacreditados que abalarão o respeito mútuo e a luta contra o sofrimento institucionalizado e a desvalorização que, a par das obrigações legais, intentam nivelar os integrantes das duas Corporações como cidadãos de última classe.
Há que se ter cuidado com informações plantadas para tentar desestabilizar movimentos legítimos porque desencontros pontuais no dia a dia de trabalho sempre ocorreram ou podem ocorrer, não sendo motivo de ruptura entre aqueles que de fato colocam suas vidas em risco em prol da população, sem merecerem o valor que deveriam merecer.
Se o cumprimento da lei tem causado inexplicável faniquito nos gabinetes, os cidadãos atônitos constatam cabalmente que o combate à corrupção e aos foras da lei não passa de mera retórica em discursos vazios daqueles que não aceitam que a lei é para todos, e não apenas para os que querem se perpetuar em cargos transitórios e atacam com inverdades os que querem aplicá-la com igualdade.
Notas plantadas, jogo barato, ameaças e perseguições a lideranças classistas serão repudiados à altura.
CUMPRA-SE A LEI!
ENTIDADES UNIDAS
POLICIAIS CIVIS