De vez em quando, lemos nos meios de comunicação que algum policial de outras Instituições Policiais foi nomeado para ocupar cargos de relevância nos governos e nas prefeituras.
E não estamos falando de coronéis ou policiais de alta patente. Estamos falando de policiais que lidam diretamente com as bases policiais e que estão bem mais preparados para dialogar com as categorias, solucionando problemas e mostrando caminhos que somente policiais com esse perfil possuem tato para solucionar sem ser na ponta da baioneta.
Recentemente, um colega da Polícia Militar foi indicado para a área de segurança pública municipal da Grande Vitória, na qual deve realizar um trabalho à altura.
Já em relação aos policiais civis, podemos publicar aqui no site que nunca vimos a nomeação de algum para ocupar qualquer cargo de relevo em governos e prefeituras, nem para áreas específicas ligadas à segurança pública e nem para quaisquer outras áreas.
E há policiais civis com formação estupenda, poliglotas, sociólogos, especialistas em segurança, tanto na teoria quanto na prática, que se encontram totalmente subaproveitados.
Afinal, por que motivos os dirigentes governamentais e de prefeituras desconsideram a capacidade de muitos policiais civis que poderiam estar prestando relevantes serviços em prol da causa pública? Será que o instinto elitista que move a maioria absoluta dos dirigentes nacionais nunca vai deixar enxergar que a solução para muitos problemas é bem diversa daquela que eles vêm tentando permanentemente, mas que nunca funcionou?
Quando se trata de policiais civis os governos e prefeituras somente enxergam delegados de polícia que, a par da reconhecida competência de muitos deles, possuem uma linguagem diferenciada da maioria absoluta dos policiais e não caminham com facilidade nas bases policiais civis.
Entra governo e sai governo, alguns nomes das bases policiais civis são ventilados para ocupar algum cargo de relevo, mas, no final das contas, acabam colocando um delegado, perpetuando-se uma situação que nada de novo tem trazido para a segurança e para a sociedade. E muito menos para a diminuição da criminalidade!
No começo do Governo Casagrande, o nome de Junior Fialho, Presidente do Sindicato dos Investigadores, foi ventilado para ocupar um dos cargos no Governo, por indicação do PDT. Cogitou-se pra cá, cogitou-se pra lá, e até agora os policiais civis continuam relegados a não serem chamados para modificar essa mesmice que nunca deu em nada!
O Governador Casagrande e o Secretário Herkenhoff poderiam fazer diferente, dando chance a policiais da base da Polícia Civil para buscar saídas diferenciadas para os policiais e para a sociedade. De repente, poderiam constatar que um policial que fala a linguagem da maioria e tem trânsito aberto pode ser a solução para trazer dias muito melhores na área da segurança!