O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) e o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sindpol-MG) recorreram, ontem, da decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais que proibiu qualquer manifestação dos servidores durante a Copa das Confederações, no entorno do estádio Mineirão ou em qualquer outro logradouro do Estado. Os professores e os policiais, em greve, disseram que irão manter seus protestos sob o risco de ser multados em R$ 500 mil, por dia, como prevê a liminar do TJ.
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A presidente do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira, classificou a liminar concedida ao Estado de autoritária. “O governo poderia ter nos chamado para negociação, evitando a greve. O tribunal nem sequer tentou mediar um acordo entre o sindicato e o Estado. Se a justificativa do desembargador é a preocupação com a Copa das Confederações, não há motivos de a proibição se estender a todo o Estado”, criticou. Segundo Beatriz, a manifestação na próxima segunda-feira, na igreja São Francisco, na Pampulha, que já estava programada, será mantida.
Os policiais irão manter a panfletagem que realiza no centro da cidade. “Vamos mostrar para os estrangeiros que eles não estão seguros”, disse o presidente do Sindpol, Denílson Martins. A reação do funcionalismo ganhou o apoio do bloco oposicionista Minas Sem Censura, na Assembleia Legislativa. Segundo Sávio Souza Cruz (PMDB), parte dos deputados da bancada irá comparecer aos protestos. “Minas Gerais quer judicializar os conflitos e mostrar ao Brasil um Estado de fantasias”, disse o peemedebista.
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Fonte: Jornal O Tempo