Uma nova presidência assume o Instituto de Aposentadoria Jerônimo Monteiro – IPAJM. Finalmente, o Governador entendeu que o IPAJM não podia mais continuar da forma em que se encontrava. Essa demorada alteração nos quadros do Instituto não vai minimizar os reflexos dos entendimentos totalmente fora da realidade e da legislação, praticados contra direitos elementares dos policiais. Eles serão sentidos ao longo do tempo.
Os policiais tiveram seus direitos pisoteados diariamente pelo IPAJM, de forma pusilânime, passando por situações vexatórias. Além disso, transformaram o IPAJM num balcão de consultas jurídicas, em detrimento de órgãos com competência para tanto, como se o Instituto de Previdência fosse uma espécie de tribunal, quando sua atuação deveria estar voltada unicamente para tratar de benefícios para os servidores.
As interpretações do IPAJM sobre a aposentadoria dos policiais causou, ao longo de oito anos, prejuízos para a categoria policial que simplesmente não serão remediados, diante da agressão com que foram praticados. Policiais foram (e continuam sendo) obrigados a permanecer trabalhando por mais anos do que os necessários para a aposentadoria; policiais estão tendo seu direito ao abono de permanência usurpado.
Policiais foram massacrados, tendo que ficar no Estado trabalhando por bem mais do que os trinta anos exigidos pela Constituição e pela legislação. Uma falta de responsabilidade do Estado e uma desconsideração pelos direitos da categoria que não têm precedentes, de tão absurdas. Quem vai pagar pela vida de um policial que tombar em serviço? Este Estado que não cumpre suas obrigações mínimas? Quando vão devolver os cinco, dez anos de abono permanência que vários policiais fazem jus? Mais um precatório criminoso!
No que tange às mulheres policiais a agressão é ainda mais absurda, pois retiraram delas até o tempo de serviço específico a que fazem jus. As mulheres policiais não sabem quando vão sair do serviço público porque o IPAJM resolveu, à revelia de qualquer bom senso, igualar o tempo de serviço de homens e de mulheres policiais, afrontando acintosamente direitos básicos das mulheres. E temos mulheres policiais trabalhando cinco, dez anos de serviço além do que delas deveria ser exigido. Absurdo sem nome!
Enfim, os policiais esperam que novos tempos se instalem no IPAJM e que o Instituto passe a ser uma mera autarquia responsável por fornecer benefícios para os aposentados. Que deixe imediatamente de se portar como um balcão jurídico, de cunho consultivo, pois não possui competência para isso.
Já vão tarde! E não voltem nunca mais!