Do: Setor de jornalismo Appes/Fenappi
Reunidos em peso na Assembleia Geral Unificada na manhã desta quarta-feira (17/08), peritos papiloscópicos, investigadores, escrivães, agentes de polícia, delegados de polícia e demais colegas que lá estiveram para hipotecar seu apoio, deixaram clara sua indignação com o descaso e o estado caótico do Departamento de Identificação.
O objetivo do movimento foi levar a “LEGALIDADE MÁXIMA” para a identificação do povo capixaba.
Ao longo da manifestação, discursos dos representantes classistas retrataram o desejo dos peritos em iniciar imediatamente o movimento “CUMPRA-SE A LEI” na identificação, diante da total defasagem nos quadros do cargo de perito papiloscópico, das ilegalidades flagrantes e permanentes que estão acabando com a segurança no sistema de identificação da população, da inconcebível não informatização dos sistemas do setor, do descaso com o Plantão de locais de crimes, do abandono do Laboratório de perícia papiloscópica e de setores vitais para a resolução dos crimes, que ocorre na maior desfaçatez, diariamente.
Para que os setores funcionem minimamente, os peritos compram materiais do próprio bolso para revelar vestígios de locais de crimes e o governo coloca mão de obra estagiária para lidar com informações criminais sigilosas, cria convênios de boca com gente não concursada para realizar tarefas privativas de policiais e arruma, sem licitação, empresas privadas para executar atribuições de forma ilegal e afrontosa para os policiais civis.
O Movimento Entidades Unidas dos Policiais Civis demonstrou que os prejuízos para a sociedade são absurdos, não podendo permanecer do jeito em que se encontra de forma alguma. A revolta no local era geral e todos queriam se retirar do Departamento e montar barracas na rua por tempo indeterminado, negando-se a continuar o estado de coisas em que transformaram um órgão público tão importante, responsável pela garantia da identificação civil e criminal da população e pelas perícias relacionadas à identificação humana.
Realmente, uma terra de ninguém, largada ao Deus dará inconsequente, sem investimentos, sem materiais básicos de trabalho, com tudo sendo feito de forma manual (impossível diante da quantidade de dados biométricos a serem trabalhados), causando todo tipo de fraude e falsificações, e tudo sendo feito pelo próprio Estado num ato que atenta contra a população e contra as leis.
Por falta de concurso, uma irresponsabilidade sem tamanho, peritos têm que tapar buracos, respondendo por três, quatro setores ao mesmo tempo, tendo que se desdobrar para os setores não pararem literalmente. E prepostos ainda vêm com a cara de pau pretendendo diminuir o número de peritos nos plantões de locais de crimes, diminuindo os índices de resolução dos crimes que no ES já é irrisório se comparado a outros estados, na área da identificação.
A resposta será imediata porque além da falta de compromisso com a população, prepostos ainda desafiam dizendo que fazem o que querem e que ninguém tem peito de tirá-los. Esses “donos” do Serviço Público se acham acima até dos direitos do povo. Não fariam falta alguma porque representam o retrato do atraso.
A revolta é geral! E a implantação definitiva da LEGALIDADE MÁXIMA no Departamento de Identificação ficou decidido que será implementada um dia após a Assembleia Geral Unificada da próxima segunda-feira (22/08), na qual serão colocadas as posições do governo a respeito das negociações, acaso o enrolo e a falta de atitudes continuem destruindo a identificação dos capixabas.
Governador: esses prepostos queimam totalmente o filme do governo. São o retrato do atraso!
Daí pra frente, o que ocorrer é responsabilidade integral de prepostos do governo!
VEJA ALGUMAS IMAGENS DO MOVIMENTO: