Dois delegados e mais cinco investigadores da Polícia Civil capixaba foram presos na semana passada. E não é a primeira vez que isso acontece, inclusive tem um caso de um delegado de São Mateus que o assunto foi “coberto” porque ia envolver gente do 1º escalão social e político do Espírito Santo. Neste, houve até um assassinato. Tem outro caso denunciado pela delegada Maria de Fátima Oliveira Gomes de Lima, que envolve dois corregedores e dois delegados. Ou seja, esses dois últimos casos mencionados, o de São Mateus e o que a delegada denunciou, viraram “pizzas”.
Mas o que envolve os delegados Márcio Braga e Luiz Neves e os investigadores Davi de Carvalho, Hilário Roger do Nascimento Borges, Marcos Marcelo Sartório, Fábio Loureiro Malheiro e Alex Sandro Serrano foi divulgado até no site da Segurança Pública. Em seu relatório, o juiz Marcelo Loureiro, da Vara Especial de Central de Inquéritos, informa que os policiais da Divisão de Crimes contra o Patrimônio foram presos por diversos crimes.
Há no relatório do magistrado a informação de que o delegado Luiz Neves, durante a fase de investigação, teria dado ordem a seus policiais para “atirarem” nos investigadores do Núcleo de Combate às Organizações Criminosas (Nuroc). Consta ainda que a suposta vítima dos policiais teria pago R$ 25 mil de extorsão para não ser autuado em flagrante num crime. Agora, perguntar não ofende: por que a denúncia da delegada foi pulverizada.
No dia 13 de agosto do ano de 2008, na Sede do Grupo de Trabalho Investigativo do MPES, localizado no Bairro Enseada do Suá, em Vitória, na presença dos Promotores de Justiça Evaldo França Martinelli e Sérgio Alves Pereira, ambos do GETI, a delegada prestou declarações, considerando que naquele dia aconteceram fatos gravíssimos na Delegacia do 19ª DP – Novo México.
Ela denunciou os delegados corregedores Geraldo Martinho e Inês Loss, e os delegados André Cunha e Danilo Bahiense sobre o “furto” do inquérito policial que virou o Processo do TJES nº 035.08.013999-7 referente ao estelionatário Júlio Mario de Faria (ou Farias) que vendia lotes adulterados na Serra e em Vila Velha. Ela denunciou também que foi agredida fisicamente ao tentar pegar de volta o inquérito. O que tinha naquele processo que interessava tanto aos corregedores e delegados? Onde foi parar este assunto?
Quanto ao caso de São Mateus, também envolvia extorsões, mas o delegado acusado, fazia parte do 1º escalão e tudo “desapareceu” misteriosamente. O delegado foi promovido e depois se aposentou! A “banda podre” só é punida quando há interesses…
Fonte: ES Hoje