Governo recua e não apresenta proposta coerente
Depois de três meses, o Governo Estadual se reuniu com o Mospes — Movimento dos Operadores de Segurança Pública do Espírito Santo — para começar a negociar a indexação da Escala Especial Extra e o aumento salarial, prometido pelo próprio governo do Estado.
No entanto, o executivo mostrou-se a sua cara, e não apresentou nenhuma proposta coerente. O próprio vice-governador do Estado afirmou “A proposta é inexeqüível”.
A proposta apresentada pelo governo é que os policiais da ativa, peguem os R$56 milhões gastos atualmente com a Escala Especial, divida este montante com os inativos, e ainda continuem a fazer a Escala. Se fosse aceita haveria uma drástica redução salarial.
Mostrando despreparo, o governo ainda não apresentou nenhum dados concretos, planilhas, simulações. Somente disse os valores.
Nervosos com a falta de uma proposta decente, o vice-governador, quando era questionado, gagejava e continuava sem dar soluções aos problemas.
Quanto ao aumento salarial, só foi afirmado que o governo ERROU mais uma vez, E QUE NÃO POSSUI MAIS R$116 milhões como afirmado em dezembro de 2004, mas sim 110 milhões e 600 mil reais. “Foi uma virgula colocada no local errado”, justifica-se Lelo.
Indignados com o descaso do governo do Estado para com os Operadores de Segurança Pública, os policiais civis, militares e bombeiros saíram às ruas do Centro de Vitória reivindicando seus direitos. “A proposta do governo é redução salarial. Se eles quisessem não nos colocariam nas ruas para reivindicar. E enquanto ficam blindados em seus carros e casas casas, o Estado vive como no Velho Oste americano. O DML é o mesmo de 20 anos atrás. Cadê os recursos enviados pelo Governo Federal para segurança?” afirma Antônio Tadeu Nicoleti.
“Vamos começar a paralizar as atividades, só iremos trabalhar com condições”, alertou José Rodrigues Camargo ao vice-governador.
Notícia adicionada em: 3/6/2005 9:23:59 PM