O caso da delegada

Parece um circo… Um circo macabro!

Todo mundo querendo sair na foto, nos jornais, pra tirar uma casquinha. Uns, por interesses politiqueiros; outros, por masoquismo; e ainda outros mais, por puro sadismo.

Por que não tratam a “criminosa sem remédio” da forma como estão tratando os envolvidos na “operação Naufrágio”, segundo palavras publicadas nos meios de comunicação, e atribuídas à OAB: “A Ordem, respeitando o direito de defesa, vai instaurar o devido processo ético disciplinar. Havendo formação de convicção do conselheiro relator ou do presidente, eles poderão vir a ser suspensos, mas sempre respeitando o devido processo legal e o amplo direito de defesa dos profissionais envolvidos.”

Afinal, “vender sentenças”, “fazer acordos espúrios” e prejudicar a população inteira, enlameando um dos Poderes do Estado, deve ser bem menos grave do que o sacrilégio inominável cometido pela “criminosa irrecuperável” já condenada de antemão.

E o juiz que aceitou a prisão efetuada pela “condenada de antemão”, somente reduzindo a fiança arbitrada, vai ter algum tipo de pena também?! Vai entrar no processo já condenado ou vai ter direito de defesa?! Ou somente os policiais “asquerosos e arbitrários” é que são julgados de antemão neste estado pelas vestais da moralidade?! Essas vestais que não suportariam a mínima investigação em suas vidas pregressas e seriam lançadas à mesma execração pública com que estão tratando a “condenada de antemão”.

No outro dia depois da publicação do “julgamento” público da “criminosa sem saída”, um garçom em um restaurante saiu com a seguinte conversa: “se fosse comigo, pedia a um traficante amigo meu pra metralhar essa mulher”! Sem falarmos nas operações policiais realizadas dias depois, em que lemos notícias publicadas dando conta de um monte de gente que quer denunciar policiais por operações “arbitrárias” em bocas de fumo e outros antros criminosos mais.

Essa é a imagem de todos os policiais que o julgamento antecipado com que já condenaram a “criminosa irrecuperável” está criando para a sociedade: triste estado em que os cidadãos preferem apelar para criminosos para solucionar seus problemas, descrentes que estão no aparato de segurança pública e nos Poderes constituídos.

Tudo causado por julgamentos antecipados e por interesses impublicáveis que comprometem a imagem de toda a categoria!

Já imaginaram se no final do caso a “criminosa contumaz” obtiver uma sentença favorável e provar que tinha razão?!

Notícia adicionada em: 2/20/2010 1:30:41 PM