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Operação Guilhotina no Rio vai respingar no Espírito Santo

A Operação Guilhotina, que a Polícia Federal realiza nas polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro – onde dezenas de policiais já foram presos acusados de envolvimento com traficantes, milicianos e assassinatos –, vai respingar no Espírito Santo.

É que dois policiais militares, que faziam parte das quadrilhas de policiais bandidos e que foram assassinados como queima de arquivo, teriam agido em solo capixaba.

De acordo com investigações da Polícia Federal, os dois PMs cariocas teriam sido mortos durante a divisão de 100 quilos de cocaína, apreendida durante uma extorsão a um traficante em Vitória. Os suspeitos seriam dois PMs que durante anos foram lotados em delegacias do Rio. Foram mortos por membros de sua própria quadrilha.

Mais informações do decorrer desta quinta-feira (17/02).

Continuação:

 

Policiais cariocas tomaram 100 quilos de cocaína de traficante em Vitória

 

Investigações da Superintendência da Polícia Federal do Rio de Janeiro, que há uma semana deflagrou a Operação Guilhotina, concluíram que dois policiais militares cariocas vieram a Vitória e extorquiram um traficante capixaba, de quem tomaram 100 quilos de cocaína.

A droga foi levada de volta ao Rio, de onde foi comprada pelo bandido do Espírito Santo. Entretanto, na hora de dividir os 100 quilos com demais integrantes da quadrilha, os dois PMs foram assassinados por próprios colegas de farda, que também integravam a quadrilha criminosa.

A informação foi dada ao Blog do Elimar por uma fonte da Polícia Federal do Rio de Janeiro, que trabalha diretamente na investigação da Operação Guilhotina.

Os policiais que extorquiram o traficante capixaba e posteriormente foram executados a tiros foram identificados como Marcelo e Gelson. Os policiais militares que mataram com tiros de pistola os dois PMs que haviam retornado de Vitória após extorquir traficante capixaba são Roberto Luiz de Oliveira, o Beto Cachorro, e Rony Lessa, que foram presos pela Polícia Federal durante a Operação Guilhotina, iniciada no Rio na sexta-feira passada.

De acordo com agentes federais, a quadrilha de Marcelo e Gelson, ao tomar conhecimento que o traficante capixaba havia adquirido os 100 quilos de outros traficantes cariocas, os mandou para Vitória para extorquir o bandido capixaba.

Os dois PMs tomaram a droga do traficante a levaram de volta para o Rio, em um carro que atravessou toda a BR-101 sem ser parado por nenhuma polícia. Ao chegarem ao Rio, eles procuraram outros membros de sua quadrilha, mas acabaram tendo problemas, segundo a PF fluminense, na hora da partilha dos 100 quilos.

Resultado: Marcelo, que era sargento, e Gelson, que era cabo, foram assassinados. A execução aconteceu em Jacarepaguá.

Ainda segundo a fonte ouvida pelo Blog do Elimar, Marcelo e Gelson eram considerados ‘‘adidos’’. Os seja, embora policiais militares, eram lotados numa delegacia de Polícia Civil do Rio. Eles integravam a equipe do ex-subchefe Operacional da Polícia Civil carioca, delegado Carlos Oliveira, um dos 30 policiais presos na Operação Guilhotina.

O mesmo grupo ao qual Marcelo e Gelson pertenciam foi responsável também pelo atentado a bomba ao veículo do bicheiro carioca Rogério Andrade. Rifado do grupo, Gelson acabou sofrendo, meses antes de ser assassinado, em que perdeu uma das pernas.

A Polícia Federal informa que o grupo foi responsável pela execução do sargento do Exército Volber Roberto da Silva Filho, em junho de 2010. Segundo a PF, o militar fora o responsável pela elaboração das bombas usadas no atentado ao contraventor Rogério Andrade, em abril de 2010, na Barra a Tijuca.

Na ocasião, o filho do bicheiro morreu. Volber também teria feito a bomba que explodiu na picape Hilux do PM Rony Lessa, que perdeu a perna no episódio. Uma testemunha informou em depoimento na Polícia Federal que o crime teria sido queima de arquivo, pois Volber negociava armas com policiais da Delegacia de Combate às Drogas Decod) e da Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos (Drae).

Volber foi morto a tiros por policiais civis, num suposto tiroteio dentro de um motel no Rio. O tiroteio teria sido uma simulação, como forma de esconder a execução do sargento do Exército.

Em tempo: o fato de policiais bandidos do Rio agirem no Espírito Santo não significa que eles tenham ligação com policiais capixabas.

 

 

Fonte: blog do Elimar Côrtes

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