Fonte: promotor de justiça
"(…) Os juízes têm amor à justiça: enfrentam diuturnamente com a espada da deusa Têmis o conflito entre a lei e o justo, tratam os opulentos com altivez e os indigentes com caridade. (…) Nesse mister, assemelhado às atividades sacras, cumpre ao juiz substituir o falso pelo verdadeiro, combater o farisaísmo, desmascarar a impostura, proteger os que padecem e reclamar a herança dos deserdados pela pátria.". (Luiz Fux, ministro do STF – "Nós, os juízes", in Folha de S. Paulo de 03.03.2011)
"De acordo com normas internas do Tribunal, a entrada no Plenário requer o uso de terno e gravata, para homens, e vestidos, tailleurs (saia abaixo do joelho e blazer), ou ternos (calça e blazer de manga comprida), para mulheres. Essa vestimenta será exigida dos profissionais que venham fazer a cobertura jornalística do evento. É proibida a entrada de pessoas calçando tênis e sandálias rasteiras, ou trajando qualquer tipo de roupa de tecido jeans". (Norma do STF relembrada para a posse de Luiz Fux aos convidados e jornalistas)
Quanta contradição! Não faz muito tempo, lembra(?), um juiz do trabalho foi duramente – e corretamente – criticado por todos pelo fato de não ter deixado um trabalhador participar de uma audiência por que calçava chinelos tipo havaianas.
E essa norma do STF? Ninguém diz nada!
Foram distribuídos 4.000 convites para a posse do 11o ministro… Será que algum indigente ou deserdado da pátria foi convidado?
Isso não é democracia senão aristocracia pura e, o pior, num país que, segundo reza a CF, todo poder emana do povo!
Para o povo só restará uma coisa: arcar com os custos da cerimônia. Isso é certo!
Que o idealismo de sua excelência, o ministro Fux, faça eco nas paredes da Corte Suprema, tornando a teoria em prática, somando-se à aspiração do ministro Asfor Rocha dito alhures: "Meu maior desejo é ter uma Justiça brasileira que possa distribuir Justiça não como iguaria de festas, mas como o pão nosso de cada dia".