Galera do concurso para perito perito papiloscópico, ladeando os deputados Gilsinho Lopes, Henrique Vargas e Luiz Durão (na foto também o investigador Aloísio Dubok, do Sindicato dos Investigadores)
O Presidente da Associação dos Peritos Papiloscópicos, Antônio Tadeu Nicoletti Pereira, teve a palavra gentilmente franqueada na reunião da Comissão de Segurança da Assembléia Legislativa (19/03) para estar mostrando a verdadeira realidade do cargo de perito papiloscópico e a desafagem gritante no número de peritos da categoria. No tempo que foi disponibilizado, o Presidente procurou mostrar aos presentes e aos cidadãos que assistem à TV Assembléia que o perito papiloscópico, responsável pelo maior banco de dados civil e pelo maior bando de dados criminal dos cidadãos, merece um tratamento à altura por parte do Governo do Estado.
Dentre os assuntos abordados, o representante da categoria foi levar ao conhecimento público que o abandono a que se encontra relegado o Instituto de Identificação do Estado do Espírito Santo fatalmente colabora para que as políticas de segurança adotadas pelo Governo caiam no descrédito e continuem sem diminuir os índices de criminalidade tão buscados ao longo de vários anos. O objetivo maior foi buscar mostrar que o Secretário de Segurança Pública Capixaba deve estar sendo arroneamente informado sobre algumas questões afetas ao cargo, que não podem comprometer o relevante papel do perito papiloscópico no auxílio às Polícias, ao MP e à Justiça como mola-mestra no combate à criminalidade.
Porque é no Instituto de Identificação que se concentram todas as informações civis e criminais dos cidadãos, vitais para a sociedade. É nele também que são realizadas perícias no manuseio do vestígio que mais corrobora para a elucidação de crimes em todo o mundo. Além disso, os peritos papiloscópicos são responsáveis por ferramentas que tanto auxiliam as investigações como a perícia iconográfica (retrato-falado), as perícias prosopográficas e de representação facial humana e toda a identificação necropapiloscópica dos cidadãos, tanto em cadáveres em mortes violentas quanto em acidentes de massa. A par disso, o Instituto de Identificação deve ser adequado para cumprir um papel imposto pelo Código de Processo Penal: as estatísticas criminais, que são da sua competência, mas para as quais nunca foi criada uma seção no Instituto.
E num momento em que a sociedade capixaba cobra desesperada por um “choque de segurança”, nem estatísticas corretas a respeito dos crimes o Estado possui. Venhamos e convenhamos que sem estatística não há nem como saber em que áreas investir, que tipo de crimes combater e quantos e que tipos de policiais e peritos deve-se nomear para estar atacando o problema realmente de frente, com possibilidade de sucesso.
O último concurso para o cargo de perito papiloscópico foi realizado há vinte e dois anos. Isso por si só dispensaria qualquer tipo de justificativa para a nomeação de todos os aprovados, bem como a necessidade de início imediato da Acadepol para todos os aprovados. Vários integrantes do cargo já se encontram em condições de pedir a aposentadoria, fazendo com que a nomeação de todos os aprovados nem consiga suprir as necessidades mínimas do cargo e da sociedade.
Estamos postando aqui (leia) um link do site da APPES em que discorremos sobre o tema, mostrando alguns pontos que foram apresentados na Comissão de Segurança.
Na oportunidade, os peritos papiloscópicos agradecem aos integrantes da Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa pela atenção com que a categoria foi ouvida, em especial ao Presidente da Comissão, o Deputado Gilsinho Lopes, que franqueou a palavra ao representante dos peritos papiloscópicos naquela Casa de Leis.
Os peritos papiloscópicos estão certos que o Governador Renato Casagrande estará ciente da realidade do cargo e do quanto ele pode estar corroborando na sua causa de combate à criminalidade, nomeando todos os aprovados peritos papiloscópicos para que iniciem rapidamente a Acadepol e possam trabalhar em prol do povo capixaba.
Aguardam também investimentos pesados no Instituto de Identificação para que a categoria inicie um novo tempo de trabalho incessante em prol dos capixabas, aos moldes do que tem sido feito pelo Distrito Federal no Instituto de Identificação do DF, que atualmente é o maior solucionador de crimes do Brasil e modelo de gestão e organização até no exterior, na área pericial e da cidadania.