2017-01-10
O custo de vida disparou com o aumento vertiginoso da inflação ao longo dos últimos anos, causando uma defasagem indescritível nos salários dos policiais civis. Manter as famílias, os planos de saúde, as despesas pessoais mínimas e as dos filhos têm sido um exercício de malabarismo todo mês para os policiais.
Somando-se a isso, já se vai para três anos com “reajuste” zero das perdas inflacionárias anuais, fato que joga os salários dos policiais civis para o fundo do poço num comparativo com os demais policiais civis país afora. Jogaram a Constituição do Brasil no lixo.
Vários governos dos demais estados (até mais pobres do que o ES) recompuseram as folhas salariais dos policiais civis, adotando uma política de valorização constante que avança até 2019, 2020, incluindo o governo federal que também adotou política semelhante para os policiais federais.
Os salários dos policiais civis capixabas despencaram na tabela nacional, figurando agora entre os piores do Brasil. Ser policial nas terras capixabas se transformou em figurar como “entreposto” de cobradores de dívidas básicas para sobreviver com dignidade. Ou seja: pega-se os salários e repassa-se para quitar dívidas necessárias à sobrevivência. Aprimoramento pessoal, custos com treinamento, lazer, etc, nem pensar.
Focando suas forças na política salarial, as Entidades das Categorias que copõem a verdadeira união dos policiais civis estão trabalhando durante o mês de janeiro com Assembleia Geral marcada para o início do mês de fevereiro, objetivando fazer de 2017 o ano da recomposição das graves perdas salariais dos policiais civis.
Não há como se manter dignamente como policiais percebendo salários aviltantes que mínguam dia a dia em face do massacre inflacionário e da falta de valorização pelo governo. Quem conhece os escaninhos do poder sabe que há dinheiro em caixa e que o discurso de “recuperação” já venceu o prazo.
Mesmo porque, no mesmo período várias outras categorias que desfrutam de importância assemelhada às dos policiais civis passaram a perceber salários muito maiores – sete a dez vezes maiores do que ganhavam -, desmontando discursos vazios. O que falta, na verdade, é reconhecer e valorizar os policiais como merecem.
O lema é: 2017 – ANO DA REPOSIÇÃO DAS PERDAS SALARIAIS DOS POLICIAIS CIVIS.
Fiquem atentos para as convocações e concentrações a partir do mês de fevereiro porque as lutas serão diárias.
Todos os meios serão utilizados com força para resgatar as imensas perdas salariais sentidas na pele pelos policiais civis porque trabalhar para conter e reduzir os índices de criminalidade (motivo de propaganda política do governo), sem valorização alguma, mas colocando as vidas permanentemente em risco, requer reconhecimento compatível.
OS MOVIMENTOS SERÃO CONTUNDENTES E FARÃO O GOVERNO SENTIR NOSSA FORÇA!
AEPES – SINPOL/ASSINPOL – AEPC – SINDEPES/ADEPOL – APPES