Conforme temos publicado reiteradas vezes, os crimes contra os bens das pessoas eclodiram de todas as formas, causando pânico entre cidadãos e comerciantes. Furtos e roubos de residências, de pontos de comércio, de caixas eletrônicos, principalmente.
Algumas matérias a respeito você pode ler clicando aqui, aqui, aqui. Estamos postando apenas alguns links, mas o ES já deixou para trás o Rio de Janeiro e São Paulo em mais esses tipos de crimes.
Não vamos nem falar da “cifra negra” (total de cidadãos vítimas dos crimes contra o patrimônio que não procuram mais a Polícia porque não acreditam em solução), apesar de ela aparentar ser maior do que o número de crimes conhecidos.
Evidentemente, um conjunto de fatores corrobora para o recrudescimento desses tipos de crimes. Mas, o Estado não pode se quedar omisso em questões vitais que são da sua alçada e que são o alicerce para que atue com a mínima competência no seu controle.
O alicerce mínimo, mas imprescindível
Nos crimes contra o patrimônio, a atuação do Departamento de Identificação se sobressai como o órgão que mais pode contribuir para elucida-los. Nenhum outro órgão pericial do país produz tantos laudos positivos nesse tipo de crime quanto Institutos de Identificação bem equipados (confira clicando aqui).
O principal exemplo vem do Instituto de Identificação do Distrito Federal, considerado o órgão público da Perícia Oficial que mais soluciona crimes no Brasil. E todos os setores de segurança devem ter plena ciência de que grande parte dos crimes contra o patrimônio está umbilicalmente ligada a outros tipos de crimes, especialmente homicídios e tráfico de drogas.
O que se assiste é a uma colcha de retalhos, sem qualquer visão do todo, em que órgãos atuam cada um por si. Não se consegue fazer a Sesp compreender que um sistema automático de identificação de impressões papilares e de faces precisa funcionar a pleno vapor localizado no Departamento de Identificação, sob o controle dos peritos papiloscópicos. Sem falar na prosopografia, que não sai de fato do papel.
A verdade é que em pleno ano de 2013 os caras entendem menos o papel da identificação no auxílio às investigações do que entendiam quando ela foi criada, no ano de 1900.
Mais um concurso sem incluir o cargo
O retrato cabal da falta de conhecimento sobre a importância da identificação no contexto da segurança é o lançamento de mais um edital de concurso para a PC/ES sem a inclusão do perito papiloscópico. Inacreditavelmente, como foi no concurso de 2010, a história se repete. O cargo continua altamente defasado e os cidadãos abandonados.
Haja falta de planejamento e de conhecimento de causa! Haja falta de respeito com os direitos dos cidadãos!