Em janeiro na cidade de Abadiânia, 88 quilômetros de Goiânia, a austríaca, Martha Rauscher, hospedou-se em busca de tratamento na Casa Dom Inácio de Loyola. Mas no começo de fevereiro ela morreu de um AVE. A identificação pela impressão digital não foi possível, pois no seu país os documentos não possuem dados papiloscópicos.
Então foi encaminhada ao IML de Goiânia. Mas seu corpo não pode ser liberado enquanto não fosse confirmado que se tratava da pessoa cujo passaporte foi apresentado à polícia. Parentes vieram da Europa para a retirada do corpo, mas tiveram de aguardar a documentação oficial. Para agilizar o processo, foi pedido um laudo prosopográfico.
O trabalho de três peritas papiloscopistas do Grupo Especializado em Representação Facial Humana, da Superintendência da Polícia Técnico-Científica foi fundamental para resolver o caso em apenas 24h, ao contrário dos 5 dias normalmente necessários.
Coube às peritas papiloscopistas Joyce Fernandes (fonoaudióloga), Raquel Vaz (biomédica) e Catiana Souza (pedagoga) apresentar à Polícia Técnico-Científica os benefícios da prosopografia (ciência responsável pelos exames faciais). Elas buscaram o conhecimento empregado em Brasília e implantaram em Goiás. Raquel é biomédica e mestranda em genética e tem como base de estudo o DNA de impressão digital.
Foram feitas as medidas do rosto do cadáver e então a foto do passaporte foi colocada sobre a foto do rosto do cadáver e o resultado foi 100% de proporção.
Os laudos prosopográficos são fundamentais em casos onde não é possível a identificação da face do cadáver ou até mesmo na projeção de envelhecimento em casos de desaparecimento de crianças.
Atualmente esse trabalho é realizado apenas em Brasília e Goiás. A ideia é levar essa tecnologia para todo o Brasil e padronizar a análise pois será possível comparar fotografia com fotografia, fotografia com vídeo, entre outros.
É o biomédico mais uma vez mostrando seu trabalho de excelência!
Fonte: o popular (GO)