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Deu no jornal O Globo, na coluna de Ancelmo Goes

O chefe da Polícia Civil do Rio, delegado Gilberto Ribeiro, me contou que a polícia fará novo esforço no combate aos crimes de morte que, segundo estatísticas oficiais registraram queda recorde de 8,8% no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado.
A Delegacia de Homicídios, que atualmente só investiga os casos que para lá são enviados pelas delegacias distritais ou como prioridades dadas pela cúpula da Segurança, agora terá uma espécie de unidade móvel – uma equipe que vai ao local do homicídio logo que ele aconteça. O objetivo principal é preservar ao máximo a cena do crime, mais ou menos como vemos nas séries CSI (Crime Scene Investigation), a equipe de perícia criminal que vai colher as pistas deixadas pelo criminoso ou criminosos.
Essa equipe precursora será formada por um delegado da Homicídios, dois agentes, UM PERITO PAPILOSCOPISTA – que vai colher as impressões digitais para identificação da vítima – e um legista – que vai ajudar a responder detalhes sobre a causa da morte. O delegado Gilberto Ribeiro observa que a elucidação de um homicídio está diretamente ligado a cuidados com a cena do crime, que devem ser tomados desde o início.
Como exemplo disso, Gilberto me contou um caso no qual o assassino responderia apenas por assalto porque sua vítima teve a morte declarada como natural pela perícia, que não teve acesso às fotografias do local do crime, que exibiam sinais de violência. Essa falha não teria ocorrido se ao local do crime tivesse ido um perito legista. Esse perito, porém, fez a análise exclusivamente com base nos vestígios do corpo sem conhecer o local do crime.
No 2o Fórum Violência, Participação Popular e Direitos Humanos, organizado pelo Rio de Paz em parceria com a ONU, semana passada, o ex-diretor de Polícia Técnica do Rio, o veterano perito Mauro Ricart, lamentou que as cenas de crime no Rio em geral são violadas não apenas por curiosos mas até mesmo por jornalistas e policiais militares que, na maioria dos casos, são os primeiros a chegarem ao local do homicídio.
O chefe da Polícia Civil me disse que pretende colocar em prática o novo serviço da Delegacia de Homicídios assim que a especializada for transferida para um novo prédio, o que deve acontecer em um mês.
Enquanto isso, no Espírito Santo…

Antônio Tadeu Nicoletti Pereira

Notícia adicionada em: 9/25/2008 10:05:06 PM

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