Se a rotina é intensa e emocionalmente carregada, ser mulher nessa situação tem prós e contras. Enquanto são mais detalhistas, pacientes e jeitosas com as vítimas, as mulheres também se envolvem mais, se emocionam mais. Não é para menos — um caso de criança desaparecida, por exemplo, lembra os filhos, e os de estupro poderiam muito bem ter acontecido com qualquer uma delas.
“A investigação policial acontece em conjunto e a autoridade policial precisa de subsídios. Muitas vezes, nós fornecemos o que é importante, encontramos um rumo”, explica a perita papiloscopista Fabíola Cruz, 45 anos. Não existe preconceito com elas — ainda mais porque existem muitas e alguns departamentos, inclusive, as têm em maior quantidade —, mas a própria natureza feminina, de ser mais sensível, interfere no dia a dia.
Não que seja algo ruim. Por se envolverem mais, elas sentem-se muito mais satisfeitas ao ajudar a solucionar um crime. Talvez por isso, sejam mais dedicadas, recusem-se a desistir com facilidade. “Eu me coloco no lugar da família que está sofrendo. Para dar paz a eles, viro noites, trabalho nos fins de semana. E, depois que me tornei mãe, essa identificação aumentou. Quero trazer justiça para que os meus filhos vivam em um mundo melhor”, conta a perita.
A matéria completa para assinantes está aqui. Para assinar, clique aqui. Veja fotos da reportagem abaixo