No capítulo 141, exibido no dia 29 de junho, a novela “Insensato Coração” – escrita por Gilberto Braga e Ricardo Linhares e dirigida por Dennis Carvalho –, o personagem que interpreta o delegado Rossi acusou explicitamente todos os policiais militares brasileiros de corruptos.
O que gerou grande constrangimento aos policiais que assistiam à novela juntamente com a sua família, tendo que explicar para os filhos o que é propina, é porque o ator que interpreta o delegado disse:
O presidente da ACS/PMBM/ES, Jean Ramalho, lamentou o episódio. Disse que sempre defendeu a liberdade de expressão, mas a acusação da Rede Globo contra policiais militares extrapola qualquer opinião:
“Jamais defendi a censura, mas o que a novela expressou foi uma forma de tratar a todos nós, policiais militares e guardas municipais, com preconceito, discriminação e de forma pejorativa”, condenou Ramalho.
“A Rede Globo, como formadora de opinião e com sua reconhecida audiência, deixou claro que teve a intenção de denegrir a imagem e a honra dos policiais militares de todo o Brasil, o que é uma injustiça. Se há criminosos dentro das Policiais Militares do Brasil, é um número insignificante. A maioria dos policiais e a Corporação num todo não podem pagar por uma minoria irrisória”, pediu Jean Ramalho.
Na quinta-feira (30/06), o presidente do Conselho Nacional de Comandantes Gerais das Policias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, coronel PMSP Alvaro Batista Camilo, encaminhou ofício ao diretor-presidente da Rede Globo, Roberto Irineu Marinho, em que repudia a cena em que a novela “Insensato Coração” hostiliza os policiais militares.
“A cena tem um forte caráter pejorativo e é impregnada de preconceito, induzindo o telespectador a pensar que a Polícia Militar age na ilegalidade e o seu policial militar é corrupto. Esta postura da novela não condiz com o papel educativo que, normalmente, caracteriza a Rede Globo de Televisão”, diz parte da nota escrita pelo coronel Alvaro Camilo, que é comandante da PM de São Paulo."