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CARGO TOTALMENTE DEFASADO, E SUPERINTENDENTE FAZ PERITOS SE APOSENTAREM

Do: Setor de Jornalismo da APPES.

 

ramboJá é notório que as condições de trabalho no Departamento de Identificação são das piores possíveis. As reclamações e pedidos de realização de protestos são diárias, tendo os peritos chegado a um limite máximo de suportabilidade além de suas forças, evitando que o sistema entre em colapso, muitos apresentando problemas de saúde como stress elevado, problemas renais, estomacais, fadiga, uso de calmantes, dentre tantos outros.

A realização de um único concurso ao longo de mais de vinte anos criou uma defasagem sem precedentes para o cargo, o que ocasiona para a população uma prestação de serviços totalmente deficiente.

Somando-se a isto o sistema no setor ainda é todo manual, bem distante do que é praticado em vários outros estados até mais pobres do que o ES, que buscaram informatizar os serviços e hoje colhem frutos do correto investimento feito.

Mas, a principal reclamação tem sido a postura do superintendente do setor. A situação chegou a tal ponto que os peritos que já podem se aposentar e continuam prestando serviços ao Estado estão querendo pedir aposentadoria conjunta, ao mesmo tempo. Como são 22 (vinte e dois) que podem se aposentar a qualquer momento, o sistema paralisaria automaticamente. É o Estado fazendo “greve” contra si mesmo.

Vários deles inclusive já saíram, totalmente desolados no final da carreira. Vários com anos de trabalho além do tempo para aposentadoria voluntária, mas que continuavam a dar sua imprescindível mão de obra em prol da população, mantendo o setor funcionando mesmo precariamente diante da falta de concurso e recursos.

O Estado perdendo mão de obra qualificada por causa de situações como estas é algo nunca visto na área pública. Há seções que funcionam porque todos peritos que as compõem permanecem em atividade, por dedicação à causa pública e ao cargo, mesmo podendo todos se aposentarem no momento que quiserem paralisando o funcionamento das seções.

A falta de estímulo, a desconsideração pelos direitos que possuem, a intransigência, a truculência, levaram a uma aversão que está fazendo as pessoas se sentirem péssimas nos locais de trabalho. Parece um filme repetido do que ocorreu na passagem anterior do superintendente.

O que ninguém compreende é que com tantos criminosos pelas ruas para prender, o superintendente que é considerado uma espécie de “rambo” capixaba, conforme já noticiado até na imprensa, não é localizado numa delegacia de ponta, numa superintendência mais ligada ao “ramborismo”, não sendo caso da técnico-científica, que precisa de direção afinada ao funcionamento da perícia, da ciência e da tecnologia. Ele fala abertamente que não quer ficar aonde se encontra.

O problema já foi levado ao conhecimento das autoridades várias e várias vezes. Por entidades de classe, por pessoas do próprio governo, mas nada é levado em consideração e a situação vai piorando dia a dia.

Em vez de valorizarem aqueles que ainda querem contribuir com sua mão de obra, num momento em que o governo trabalha para conter gastos e equilibrar o Estado, o que parece é que tomam atitudes que vão na contramão das determinações do Governador, e ainda prejudicando um setor vital para o interesse público.

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