No final do governo passado (29/12), o convênio com o sistema informatizado de busca de impressões digitais da Polícia Federal (Afis) localizado no Departamento foi encerrado, trazendo conseqüências altamente prejudiciais para a resolução de crimes. O convênio foi encerrado e até a presente data não foi renovado pela Sesp.
Num momento em que a atual Chefia da PC/ES toma posse declarando que irá priorizar o combate aos crimes contra o patrimônio, cujos índices percentuais colocam o ES também entre os primeiros do país, o fim do convênio do sistema Afis – que já perdura por quase um mês – impede que essa ferramenta essencial dos peritos esteja adunada às suas iniciativas e aos interesses sociais.
Devemos esclarecer aos que acessam o site que os peritos papiloscópicos são responsáveis, na área científica, por 100% das perícias positivas nos crimes de furto e roubo. Esse fato demonstra os prejuízos que advêm da não renovação imediata do convênio. Sem as provas da categoria, restam apenas os flagrantes e as provas testemunhais.
Todo o trabalho dos peritos voltou a ser manual e apenas na lupa. Com isso, a busca da autoria de inúmeros crimes passou a depender novamente da análise detalhada e manual dos peritos objetivando encontrar minúcias que possam auxiliar as investigações policiais, trazendo um transtorno incalculável para os trabalhos da categoria e para a população.
Requeremos publicamente solução urgente a fim de que o convênio seja renovado com a PF e os serviços voltem a funcionar. Caso contrário, não se consegue auxiliar no combate aos crimes de forma minimamente satisfatória e os crimes contra o patrimônio só tendem a aumentar com a impunidade.
O Departamento de Identificação já não tem o sistema informatizado na parte civil, sendo um dos poucos estados que não conta com o sistema. E ainda ficando sem o sistema da PF, que é apenas criminal e de reincidentes, é causa de aumento da impunidade sem precedentes.