PERÍCIA NECROPAPILOSCÓPICA IDENTIFICA MAIS DE 90% DOS CASOS EM ACIDENTES E CRIMES

Como sempre, nem mesmo uma mínima linha foi postada pela Polícia Civil para retratar o trabalho de ponta dos peritos papiloscópicos na identificação de corpos oriundos de acidentes e crimes.

Os peritos papiloscópicos são responsáveis pela identificação de mais de 90% dos corpos que dão entrada no DML em casos de acidente e crimes, tanto de vítimas quanto de criminosos.

Mesmo sendo a categoria, por seus métodos periciais, a responsável pela identificação da quase totalidade de corpos que dão entrada no DML, nem sequer uma legislação específica ainda existe a respeito para regulamentar esse tão importante serviço em prol da sociedade.

A Appes já apresentou inúmeras vezes projetos para regulamentar o tema, mas o Estado do Espírito Santo está mais preocupado com pirotecnias que agravam cada vez mais a insegurança, do que valorizar servidores e serviços que de fato podem corroborar com a diminuição da violência.

Caso da Plataforma da Petrobras

A população acompanhou o infeliz caso da explosão na plataforma da Petrobrás, vitimando nove trabalhadores, cujos corpos ficaram praticamente irreconhecíveis.

Todos eles foram identificados pela perícia papiloscópica, que trabalhou como sempre em condições horríveis, sem investimentos no setor e sem apoio algum. A dedicação dos peritos, levando fragmentos de corpos para o laboratório, recuperando tecidos papilares durante dias e aplicando os precários métodos disponíveis na PC/ES, objetivando chegar à identidade das vítimas, seria digna de nota em qualquer lugar; menos no ES.

Um trabalho minucioso que evita a realização de exames caros, trazendo economia para o Estado, celeridade, garantindo direitos civis e, em muitos casos, criminais. O último corpo se encontra no DML e os peritos papiloscópicos já estão trabalhando na recuperação dos tecidos para dar um alento aos familiares, depois de tanta espera por notícias concretas sobre os desaparecidos.

Nos maiores acidentes de massa ocorridos no Brasil e nos acidentes aéreos, os peritos papiloscópicos foram responsáveis pela quase totalidade das identificações realizadas. Alguns desses casos com grande repercussão:

• Corpo da bailarina internacional Magda Roncati, encontrado em uma mala, em adiantado estado de decomposição, numa represa em Mairiporã/SP (PC/SP);
• Corpo de criança de 4 anos de idade, Eduardo dos Santos Lopes, encontrado 5 anos após ter sido enterrado embaixo da cama de seus pais (PC/SP);
• Chacina do Carandiru: identificação dos 111 mortos (PC/SP, 1992);
• Identificação de todas as vítimas do acidente aéreo com o grupo “Mamonas Assassinas” e tripulação: 7 mortos, todos (PC/SP, 1996);
• Identificação das vítimas do “maníaco do Parque”, Francisco Assis Pereira (PC/SP, 1998);
• Vítimas do acidente com o elicóptero em Goiás, envolvendo policiais e políticos;
• Acidente aéreo da GOL: 130 laudos necropapiloscópicos (PC/DF);
• Acidente aéreo da TAM – Vôo 3054 – Viracopos – (PC/SP – 2007);
• Terremoto no Peru (Polícia Federal);
• Acidente do Vôo AF 447 da Air France (2009);
• Incêndio na Boate Kiss em Santa Maria/RS (PC/RS – 2013);
• Terremoto no Peru (Polícia Federal);
• Incêndio na Boate Kiss em Santa Maria/RS (PC/RS – 2013);
• Desabamentos no Rio de Janeiro em Nova Friburgo e região;
• Caso do maníaco da tesoura (ES);
• Incontáveis outros casos diários realizados pela categoria.

Os peritos papiloscópicos seguem trabalhando com afinco. Sem investimento algum, sem apoio e respeito por parte de prepostos omissos de governos, mas continuando a ser a categoria que mais soluciona casos de identificação no Serviço Público e na seara pericial.

Sob quaisquer circunstâncias e estados em que se encontrem os corpos, a perícia papiloscópica continua sendo a principal ferramenta da população para identificar seus entes nos acidentes em que são vitimados.

E o Estado óóóóóóóóóóó… Faz ouvidos moucos, ano após ano.

Constatem, no link a seguir, há quanto tempo se pleiteia solução para os problemas: CLIQUE AQUI.