É um termo criado por Luiz Reyna Almandos, palavra híbrida, composta de: ALBUS – ALVO, BRANCO DAKTYLOS – DEDOS SKOPEIN – EXAMINAR.
O estudo publicado por Reyna Almandos, na Revista de Identificação Y Ciências Penales, descreve as linhas brancas como sendo falhas do sistema de linhas papilares.
As linhas brancas são traços alheios ao sistema de linhas papilares que aparecem nas impressões digitais e palmares, com relativa freqüência. Tem origem em rugosidades existentes nos tecidos da ponta do dedo, na palma da mão e na planta dos pés. Elas se assemelham ao ponto característico laguna. É bem diferente do sulco provocado por cicatriz de corte; esse apresenta uma reentrância ou um vertente na crista papilar motivada pela ação cortante.
Reyna Almandos estudou a causa desse fenômeno concluindo que as linhas brancas não são perenes e nem imutáveis. Aparecem em um ou mais dedos, muitas vezes, em todos os dedos no formato: retas, levemente curvas, quebradas, mistas, ligeiramente sinuosas; mas distantes umas das outras. Longas, curtas, medianas, largas, estreitas. Em relação à prega interfalangeana, são: transversais, verticais e oblíquas e em vários sentidos.
Não está bem definida a origem das linhas brancas. Alguns autores atribuem como um sinal de senilidade; há aqueles que acreditam na interferência da temperatura úmida ambiental e o seu relacionamento com determinadas profissões no manuseio constante de produtos químicos.
Sob o ponto de vista técnico papiloscópico é bastante relativa a presença de linhas brancas no papilograma; não podemos lhes atribuir um valor absoluto, eis que lhe faltam dois elementos essenciais da crista papilar: a perenidade e a imutabilidade. Sem esses atributos, não se pode confiar na sua imagem. Entretanto, pelo seu formato, pela sua dimensão e espessura, pela sua posição no papilograma, podemos atribuir um valor puramente indicativo, meramente subsidiário e relativo, condicionando a outros elementos imutáveis e congênitos de uma peça e outra quando do assinalamento e confronto dos pontos característicos, pois, as linhas brancas, não são generalidades das pessoas e nem de todos os dedos do mesmo indivíduo.
Também verificou-se que as linhas brancas aparecem em crianças, jovens, adultos e velhos; é comum nos portadores de doenças alérgicas, radiodermite, hanseníase bem como nas mãos de lavadeiras, professoras, feirante de legumes, pedreiro, copeiro ou em conseqüência das doenças renais. Porém, essas linhas não coçam, não infeccionam, não doem; aparecem como um sulco largo e isolado, formam imagens quadriculadas, cruzadas ou reticuladas combinadas entre si, constituindo uma figura estranha e superposta ao desenho existente. As linhas brancas não se originam da solução de continuidade das saliências papilares; algumas desaparecem no envolver dos anos, sem deixar nenhum vestígio, e em outras a persistência é duradoura. As linhas brancas são de valor indicativo no conjunto de sinais. É mais um dado, mais um fator que distingue e diferencia as cristas. Esse valor é meramente subsidiário e relativo, é mais um reforço visual.
É certo que as linhas brancas surgem, aumentam, diminuem, modificam-se e desaparecem em qualquer tempo. Sua presença no papilograma é prejudicial ao desenho papilar. Na maioria das vezes, não oferece condições de classificação, tornando-se um impecilho na subclassificação. As linhas brancas não servem como elemento condutor da pesquisa visual papiloscópica e não podemos considerá-las como ponto de realce. São altamente prejudiciais pela interferência de seus traços sobre os desenhos, dificultando a leitura e a classificação dos mesmos.
Fonte: APPOL (www.appol.com.br)